Nome Original- Thor
Diretor- Kenneth Brannagh
Roteiro- Adaptado por Ashley Edward Miller, Zack Stentz, Don Payne, J. Michael Straczynski e Mark Protosevich; a partir dos Quadrinhos homônimos de Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby
Parte Técnica- Haris Zambarloukos(F); Paul Rubell (E); Patrick Doyle (TS)
Data de Lançamento - 27 de Abril de 2011 (Estréia Mundial)
Em 2008, com Homem de Ferro, a Marvel Studios nos mostrou sangue novo no que tange a filmes de heróis. Sob a batuta do brilhante Robert Downey Jr. como Tony Stark, o filme nos apresentou um protagonista fanfarrão e imprevisível, uma imagem que fugia totalmente dos clichês do gênero e uma belíssima novidade. Depois de anunciarem o mega-projeto Os Vingadores (estréia marcada para 2012) e vários filmes como seu prólogo, muitos esperaram novas aplicações da fórmula inovadora do filme anterior. Porém, em Thor, a coisa foi bem diferente, como a sinopse pode comprovar.
Thor (Hemsoworth) é filho de Odin (Anthony Hopkins); um orgulhoso e vaidoso guerreiro do Planeta Mágico de Asgard, terra dos Deuses Nórdicos da mitologia; e herdeiro do trono do mesmo, para inveja de seu irmão Loki (Hiddleston). Levado pela sua impulsividade, acaba gerando uma ameaça de guerra entre o seu reino e o dos Gigantes de Gelo do Planeta Jotunheim. Isso faz com que seu pai o exile na Terra para que aprenda a humildade e compaixão, tirando todos os seus poderes. Na Terra ele é resgatado pela astrofísica Jane Foster (Portman), que questiona, a partir de dados científicos, como ele foi parar ali (e se apaixona pelo herói no processo, como de costume). Enquanto isso, em Asgard, Loki acaba descobrindo que é descendente dos Gigantes de Gelo e decide tomar o trono para si.
A relação entre Jane Foster e o heroí é uma ode aos clichês |
A atuação de Chris Hemsoworth é uma boa surpresa. Anthony Hopkins como sempre, faz bem o seu trabalho |
Em termos técnicos, o que atrapalha é a desnecessária fotografia tombada em um grande número de cenas. A edição é muito boa, dá um ritmo bom ao filme, com passagens constantes de Asgard para a Terra e vice-versa. A direção de arte é caprichada, com cenários belos e figurinos bem concebidos, embora não tenha gostado da inspiração high-tech que o visual mítico de Asgard carregava; preferindo algo mais clássico. Os efeitos especiais por vezes mostram-se aquem do que se espera para um filme do gênero, mas, em média, não decepcionam. E a Trilha Sonora? Ih, nem notei que existia, de tão nula e pouco impactante que ela é.
O ator Tom Hiddleston decepciona como o vilão Loki |
Bem, pode-se dizer que Thor foi um filme de herói na contramão de seu tempo. Um filme que ficou preso a fórmulas antigas de sucesso em termos de roteiro; deixou muito a desejar tecnicamente e não ousou como muitos de seus "colegas" contemporâneos. Deixa uma pulga atrás da orelha para Os Vingadores e nos bota num túnel do tempo que nos leva aos filmes do gênero na década de 90: previsíveis, transbordando de clichês, com doses de humor e que tiram a credibilidade das adaptações para o cinema. Pode até agradar os menos exigentes que buscam uma diversão descompromissada; mas deve irritar, e muito, os fãs de quadrinhos, já acostumados a ver, na sala escura, seus heróis favoritos retratados com toda a pompa, circunstância e respeito que merecem.
Quesitos:
Atuações:6
Roteiro: 3
Técnica(fotografia e edição):6,5
Trilha Sonora: Zero
Direção de Arte (cenários, figurinos, maquiagem,etc...): 9
Direção: 5
NOTA FINAL- 5
PS: Tem uma cena após os créditos, não que seja importante; apenas mostra que vai ter continuação.
PS²: Se quiser assistir por causa de mitologia nórdica, vá ler um livro. Se está com preguiça, pegue o desenho animado clássico Cavaleiros do Zodíaco e assista a Saga de Asgard.
PS³: Natalie Portman gosta muito de seus fãs nerds para fazer um filme como esse!